Comecei um novo ciclo, não foi soprando velinhas, mas acendendo-as. Por que sopramos a vela ao invés de acender, pois se o costume de acender velas é pra pedir ou banir algo? Findando o ciclo, sinto que soprar seja então pra reafirmar que o ciclo ficou pra trás, não necessariamente a vontade de se livrar do que aconteceu. Talvez tenha sido muito bom com gostinho de bis. Acender vela pra pedir também me intriga porque se acendo pra pedir ou chamar, não preciso fazer mais nada? Se o que determina o conseguir é o meu fazer e a contribuição das circunstâncias, então porque haveria de acender uma vela?
Confesso gostar de imaginar onde isso vai dar, porque sinto que estou sendo fiel à minha essência. A verdadeira liberdade é aquela onde me sinto liberta de toda e qualquer pressão social e crença anti questionadora. É por estar consciente dos diversos tipos de pressão, observando-me, e identificando a presença deles, é que consigo me desvencilhar. Tudo começou quando deixei de raspar os pêlos da perna, e depois das axilas. Parei de pintar as unhas porque precisei escolher fazer isso ou cuidar da terra; e de quebra poderia levar uma vida mais prática e economizando com isso tempo, energia e dinheiro. Parei com a maquiagem porque nunca gostei de ter os olhos lacrimejando por causa do delineador e nem de parecer algo que não sou. E assim venho seguindo me desnudando de tudo que nem sei se eu escolho vestir. Os preconceitos de família com cor e classe, de estado civil, profissão de sucesso e etc. Abandonei a psicóloga, muitas vezes ela falou mais que eu e não foi me dando conselhos, foi falando de como a vida dela é perfeita apesar dos pesares e sobre como ela sabe de muitas coisas. Sou grata por ter me cobrado o preço social, por ter sutilmente me aberto os olhos a respeito de diversos assuntos, ter encorajado ao diploma do ensino médio. Eu perdi a fé, a esperança em dias melhores. A tendência é sempre piorar, é a lei de Murphy. Agora a minha religião é o caos. A vida não passa de uma série de eventos desordenados, interligados e incontroláveis. O que um faz impacta o outro e isso gera um efeito nos demais, a interdependência imprevisível. Gostou? Você pode adquirir o e-book através do link: https://www.amazon.com.br/gp/product/B09ZK978H6
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Carla FloresEscritora amadora, aspirante a filósofa, leitora vigorosa, amante da natureza e da psicologia. Uma mulher bissexual sobrevivendo numa sociedade homofóbica, misógina, machista e patriarcal. Categorias
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